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Sweatmaster morre jovem e fazendo barulho

Randy Newman, notório compositor e pianista americano, faz chiste com a ideia de que rockeiros não se aposentam. E é a pura verdade. Ozzy, Iggy, Paul McCartney, Chuck Berry, os Stones. Estão todos por aí.

Mas, vez ou outra, uma banda jovem e cheia de vitalidade puxa o plug. Assim, sem explicação. Param com data marcada, turnê de despedida e se divertindo de montão. Die young, stay pretty. Como na canção do Blondie.

O caso da vez é o trio finlandês Sweatmaster. Daqui a 2 meses, os caras fazem o último show em sua cidade natal. Se despedem entre amigos e depois, dizem eles, nunca mais.

Desconheço os motivos do Sweatmaster parar tão cedo, mas há algo charmoso em escrever rapidamente uma discografia, criar uma impressão e sair de cena. Fica a música.

 

O primeiro álbum de estúdio dos finlandeses tem apenas 9 anos. Desde então, gravaram mais 3 discos - Dig Up the Knife, do ano passado, é o mais recente.

A década de atividade tornou o Sweatmaster uma banda cult entre os adeptos de garage rock. Ficariam famosos com mais tempo de estrada? Provavelmente não, mas a gente ia se divertir bem mais.

Rock'n'roll cru, direto e que te pega pelas tripas é uma especialidade escandinava. Não dá pra errar quando esse tipo de música é executado com a petulância devida e o Sweatmaster sabia disso. Tocavam como se não houvesse amanhã. Não houve.

A morte anunciada do grupo só aumenta a lacuna. Os noruegueses Gluecifer e Turbonegro, e o sueco Hellacopters, todos acachapantes, também foram cedo demais para o cemitério do rock.

Die young, stay pretty. Melhor assim.


80 vezes "Animal": receita para o hit alternativo do Sweatmaster. Vai fazer falta.

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