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A incrível vida de Ozzy Osbourne

Terminei de ler há pouco mais de um mês e, dada a boa divulgação, já não é exatamente uma novidade. Ainda assim, recomendo: comprem já a autobiografia de Ozzy Osbourne!

Mesmo se você for louco o suficiente para não apreciar a discografia colossal que Oz construiu ao lado do Sabbath, o livro vale cada centavo pelas descrições absolutamente despudoradas do que foi ser um astro do rock nos anos 70 e 80.

Cada página tem uma história mais trágica ou cômica que a anterior: orgias, incêndio, tiros, acidentes, pó, maconha, prisão, bebedeiras, brigas e muito mais.

Para quem é fã do Black Sabbath então, os relatos das gravações e turnês não têm preço. Na época dos dinossauros, Ozzy e seus comparsas registraram discos emblemáticos em condições que até Deus duvida.

"Volume 4", tido e havido como a grande obra do Black Sabbath, foi escrito e gravado numa mansão de Los Angeles frequentada por malucos e groupies, enquanto a banda consumia toneladas de cocaína. Daí a faixa "Snowblind" e uma paranoia persecutória que terminou com a mansão cercada pela polícia após de um vacilo hilariante do baterista Bill Ward.

Já "Sabbath Bloody Sabbath" foi gravado num castelo supostamente mal assombrado. Depois de um bloqueio criativo, Tony Iommi sacou da manga o riff monstruoso da faixa-título e o resto é história.



Ozzy trata o livro também como um testamento. Ele faz um 'mea culpa' comovente em relação à sua primeira mulher, Thelma, de quem fez gato e sapato. Também pede perdão aos pais e, claro, à Sharon Osbourne, que o aturou em sua fase mais deprimente. A hoje multimilionária celebridade de TV perdoou Ozzy até pela tresloucada tentativa de assassiná-la.

Apesar do tal "cérebro de geléia", Oz faz relatos minuciosos de seus 40 anos no circo do rock'n'roll. Dos integrantes de seitas que peregrinavam atrás do Sabbath até o dia em que arrancou a cabeça de um morcego ao vivo, passando pelos encontros com gente como Frank Zappa, John Bonham e Brian Wilson.

Ozzy é um louco de pedra e esmiúça sua vida em 400 páginas da melhor literatura rock que existe por aí.

Aproveite o feriado para devorar.

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Leia também: Black Sabbath e a arte de criar Paranoid, o disco
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6 comentários:

Roberto Sôlha disse...

Esse tá na fila. Agora, uma ÓTIMA notícia. Disco novo do Monster Magnet no próximo dia 27. Mal posso esperar.

Jeferson Araújo Peeira disse...

Não li.Se vc estiver com a memória boa, favor informar o que ele diz sobre o Zappa.

xandoca zorrer disse...

oie ... estou lendo e o q tenho a dizer q é muito bom ... em todos os sentidos ... ele relata apesar da idade , fatos do incio da carreira , e como tudo começou , e de quase ter desistido do seu sonho.Ozzy apesar de toda essa loucura q foi a sua vida mostra um lado q pra quem não conheçe não acredita. abraços

Anônimo disse...

Realmente um livro extraordinario, nao como obra literaria mas como um relato marcante da historia do rock que emociona e diverte. E agora eu sou mais muito mais Ozzy!

Andreia Bispo

Milie disse...

sse livro fez me mudar, no sentido em que agora ja gosto de Black sabbath
ja leu a autobiografia do slash? acha que vale apena comprar e ler?

Eduardo Abreu disse...

Milie, ainda que o livro te fez gostar de Sabbath. Os 8 discos de estúdio que eles gravaram com o Ozzy são obrigatórios. Sobre a bio do Slash, não li. Embora não seja fã de Guns N' Roses, imagino que o Slash deve ter histórias divertidas pra contar.